sexta-feira, 27 de maio de 2011

Recuperar a juventude perdida?

Interessante, curioso e inacreditável. A seguinte reportagem da SIC demonstra a grandiosidade, a evolução e as capacidades incríveis da ciência. NÃO PERCA!



<< Não há nada mais fundamental do que o desejo de existir e de existir num estado saudável.>>
<< É uma fase da nossa vida em que temos maior experiência, maior sabedoria, mas o nosso vigor, as nossas capacidades declinam. >>
Será que, mesmo nos dias de hoje, as mentalidades estão suficientemente preparadas para assistir à mudança do ciclo de vida do Homem?
Da forma como evolui a ciência, estás preparado para amanhã teres os teus avós a viverem com a mesma vitalidade que tu?
Aceitaria a religião um novo conceito de desenvolvimento do homem?
E os teus valores? Será ético alterar a vida humana?

COMENTÁRIOS DO GRUPO:

Cátia Rodrigues

 «Imaginei ver o meu avô, que agora com 86 anos, em vez de estar sentado a descansar maior parte do dia, a ter força para trabalhar. Mas de repente pensei, e a minha avó? Talvez não tivesse morrido e estivesse cá hoje, também cheia de força e vitalidade.
As pessoas viviam mais tempo, a esperança média de vida passaria dos 80, imaginemos para os 150. Então com o facto de saberem que aos 60 anos iam ter a mesma vitalidade que tinham ao 30, estudariam até aos 40? casar-se-iam só ao 60? Teriam filhos aos 70? Reformar-se-iam aos 100? Penso nisto e não sei. Será tão fácil assim aceitar esta descoberta?
Será que estamos preparados para isto hoje? Não sei, duvido. Hoje a mentalidade é um pouco assim: “ tem de morrer uns, para virem outros”.

Mas que um dia isto irá acontecer não tenho dúvidas

Jessica Correia

 « Um ponto de viragem no que diz respeito a quem somos como espécie.
Dizemos todos nós que estamos cada vez mais evoluídos em relação à geração de antigamente. Mas será que estamos mesmo? É complicado pensar na reviravolta que o Homem pode dar.
Pessoalmente, atribuo todo o valor às descobertas da ciência e considero, plenamente, que estamos a progredir de forma abrupta. Contudo, não me sinto preparada para viver mais do que 100 anos, andar num carro que voa, viver num "mundo touch", entre outras coisas. Parece surreal? Não vai demorar muito.
Afinal de contas, o Homem existe, talvez porque tem uma missão a cumprir.»
Ana Teixeira

«Um dia, acordei com saudade daqueles que já cá não estão. Pensar no que seria se eles tivessem comigo, é algo que não me sai da cabeça. Imaginar que essas pessoas com a evolução da ciência poderiam estar aqui.
No entanto, não sei se este tipo de evolução seria bom para nós. Ou mais importante, será que o mundo está preparado para esta tardia do envelhecimento?
Eu, pelo menos sei que não estava. A vida é longa, com 100 anos já podemos viver o suficiente. Não precisamos de 150 anos para a partir dos 100 vivermos com muitas mais necessidades do que vivemos hoje em dia.
Contudo, espero que esta evolução seja óptima para nós e que ao contrário do que penso, nos adaptemos bem a ela.»

Carina Ribeiro

«Desde o  primeiro dia que nascemos até ao dia em que morremos passamos por varias fases na nossa vida. Todas essas fases de um modo geral tornam - se desafios, se o ser humano agora consegue viver até aos 80 e ser feliz porque mudar o que a natureza criou? Será que as pessoas gostavam de viver mais e melhor o seu tempo de vida? 

Contudo penso que não devia-mos mudar o ciclo da vida tendo em conta que tudo o que começa tem um fim, só assim a vida faz sentido.»


 


domingo, 22 de maio de 2011

Erik Erikson e o Desenvolvimento Psicossocial



A personalidade é um cruzamento de influências hereditárias e ambientais que, em certa medida, são interpretadas por nós, isto é, assimiladas de acordo com o significado que atribuímos às nossas experiências pessoais. Diferencia os indivíduos, contudo, devemos ter sempre em conta um património genético específico e elementos culturais comuns transmitidos pelos agentes socializadores. 



Referências bibliográficas:

Desenvolvimento Moral de Kholberg

Os limites da promessa

O teu melhor amigo quer contar-te um segredo e para isso, pede que prometas não contar a ninguém. Tu dás a tua palavra. Ele conta que atropelou um pedestre e, por isso, vai refugiar-se na casa de uma prima. Quando a polícia te procura, querendo saber do teu melhor amigo, o que fazes?
( ) Conta à polícia
( ) Não conta à polícia
 
Vamos apresentar de seguida, algumas formas de resposta, segundo a teoria dos seis estádios de Kohlberg.
Na infância existem segundo este autor 2 estádios:
1)       Moralidade heterónoma: Este estádio rege-se pela obediência e pelas punições.

“Eu contava à polícia porque senão era preso!”

2)        Individualismo, propósito e troca instrumental: neste estádio a criança cumpre para receber algo em troca.

“ Não contava porque assim o meu amigo ia gostar mais de mim”.

Na adolescência Kohlberg apresenta 2 estádios :
3)       Expectativas e relações interpessoais mútuas e conformidade interpessoal: este estádio surge com a moralidade do “bom rapaz”.

“ Não contava porque assim o meu amigo podia ver como sou um bom amigo”

4)       Sistema social e consciência: neste estádio os adolescentes pensam em manter a ordem social

“Contava a polícia, pois se toda a gente atropela-se um pedestre e depois fugisse não se conseguia manter a ordem na sociedade”  

Na idade adulta Kohlberg difere 2 estádios, no entanto são poucas as pessoas que conseguem atingir, alguma vez, o último.
5)       Contrato Social: este estádio conta com o maior bem para o maior número de pessoas, sendo assim, as decisões são tomadas democraticamente.

“ Contava à policia visto termos um dever para com a sociedade e com o Mundo em geral. Só dessa forma seremos um exemplo a seguir.”

6)       Princípios éticos Universais: neste estádio devemos escolher os princípios éticos por nós escolhidos, desde a justiça, a igualdade, a amizade, princípios estes que poderão estar acima da lei.

               “Somos todos iguais, contudo, qual a posição a tomar? Que princípio escolherias?”              



Referências bilbiográficas:

http://super.abril.com.br/cultura/dilemas-morais-voce-faria-447542.shtml

Freud e o Desenvolvimento Psicossexual


Para Freud, o desenvolvimento humano e a constituição da mente explicam-se pela evolução da psicossexualidade. Um dos conceitos mais importantes da teoria psicanalítica sobre o desenvolvimento é a existência de uma sexualidade infantil.
Como é possível observar no vídeo, a mentalidade de antigamente não era suficientemente evoluída para aceitar que uma criança possa ter sexualidade, da qual retire um certo prazer.
Muitas foram as teorias sugeridas naquela altura, contudo, o ponto de vista de Freud foi recusado por várias mentes brilhantes, essencialmente por Erik Erikson. Este considerava que o desenvolvimento englobava todo um ciclo de vida assente nas experiências, nas influências ambientais, entre outros, e não apenas aspectos sexuais.


O que faz evoluir, então, o ser humano?




Referências bibliográficas:´

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Piaget e o desenvolvimento cognitivo

A singularidade do ser humano, que foge a padrões pré-estabelecidos é que produz o avanço, o progresso e a mudança. Como diz Piaget, “é o desequilíbrio que gera o desenvolvimento, pois este é uma equilibração progressiva, uma passagem contínua de um estado de menos equilíbrio para um estado de equilíbrio superior”. (BRANCO. 2006, p20.)
Contudo, tem de haver uma interacção ininterrupta entre o sujeito e o meio dado que este lhe proporciona o desenvolvimento  a todos os níveis.
            "O conhecimento não provém nem dos objectos, nem da criança, mas sim das interacções entre as crianças e os objectos".(Jean Piaget, In Educar a Criança).


Mas o que é a criança em si mesma?
Existem crianças sem relação a certos meios
colectivos bem determinados?
(Jean Piaget, Études Sociologiques).








Referências bibliográficas:




 

domingo, 10 de abril de 2011

Benefícios da estimulação pré-escolar


Este vídeo foca, essencialmente, a importância da educação pré-escolar, na medida em que esta não só contribui para o desenvolvimento das capacidades de cada um, como também para a concentração e o sucesso num futuro próximo.
Os programas que surgiram ao nível da estimulação nas crianças, entre os quais se destaca o projecto Abecedarian, têm vindo a adquirir, ao longo do tempo, uma maior importância.
O Carolina Abecedarian Project, fundado em 1972 no North Carolina, USA, é uma experiência controlada pelo Instituto de Desenvolvimento Infantil Frank Porter Graham.
Tem como intuito benfeitorizar através de intervenção precoce na educação em crianças pobres, de modo a promover o sucesso escolar.
O facto de os programas serem uma possível forma de controlo e estimulação ao nível do desenvolvimento da criança, levou a que este projecto surgisse.
Neste projecto participaram 111 crianças nascidas entre 1972 e 1977, na sua maioria afro-americanas. Umas tinham boa qualidade de vida e outras estavam sob controlo. O Abecedarian tinha como foco bebés a partir dos cinco meses até aos cinco anos, contrariamente a outros programas.
Os participantes recebiam atenção várias vezes por semana, suplementos nutritivos, serviços sociais e cuidados de saúde, de forma a não afectar os resultados da experiência. As actividades educacionais eram baseadas em jogos e em linguagem principiante.
As áreas abordadas foram o funcionamento cognitivo, as aptidões académicas, o nível de escolaridade, o emprego, a influência dos pais no comportamento de cada um e a adaptação social.
Os resultados indicaram um bom aproveitamento nos testes cognitivos que promoviam o desenvolvimento da linguagem, na leitura e na matemática. A maior probabilidade de vir a frequentar a universidade foi notória. Por fim, verificou-se, através dos mesmos, a gravidez tardia.
Depois de tanto trabalho, o projecto concluiu que a qualidade de ensino/estimulação/atendimento educacional da criança desde os primeiros tempos de vida é fulcral para o aproveitamento da mesma e para o sucesso escolar e profissional.

Referências bibliográficas:

domingo, 27 de março de 2011

O caso de Oxana Malaya


           
           No decorrer da infância, a criança vive num mundo relativamente fechado, em que os pais são os modelos com que deseja identificar-se.
            Ninguém nasce com impressões, expectativas ou atitudes como se fossem realidades pré-estabelecidas. Todas essas realidades são adquiridas no seio de um grupo social.
            O ambiente dos primeiros anos influencia a forma como se desenvolve o cérebro de uma criança. Contudo, se não houver convivência humana  na infância o desenvolvimento da mesma é perturbado.  
            O desenvolvimento das potencialidades hereditárias de Oxana Malaya ficou atrofiado devido à ausência de estimulação social e humana durante os primeiros tempos de vida, pelo que a estimulação que recebeu foi de cães.
           O meio social é crucial para nos tornarmos verdadeiramente humanos.



Referências Bibliográficas:

quarta-feira, 9 de março de 2011

Correntes da Psicologia

Evolução da Psicologia









Como uma ciência humana, a Psicologia foi também um ramo da filosofia até finais do séc. XVIII, tendo depois sido revista e alterada pelos trabalhos dos cientistas pioneiros.
Os métodos científicos utilizados por cientistas psicólogos para validar o conhecimento tornaram-se fulcrais, na medida em que se pretendia um conhecimento sério, universal e absoluto. No entanto, a utilização destes métodos representou uma enorme controvérsia visto se tratar do Homem, ser dotado de sentimentos, opiniões, subjectividade. “A Psicologia tende a ser uma ciência vital de trabalho interdisciplinar com outras ciências em prol de entender o Homem (…) com uma quantidade de determinantes culturais, políticos e religiosos.” Estas influências exteriores impedem a resolução de diversas questões suspensas na Psicologia. O que é o Homem? Existe alma? De que se constitui? Quantas classes de almas existem? Sabes o que é Deus? Tens um conceito definido de liberdade? E de justiça? Os sonhos são metas ou utopias? És o primeiro de todos os Homens?

A ciência da Psicologia nasce em meados do século XIX tendo na figura de Wundt o seu fundador.
Este médico alemão possuía grande interesse pelos fenômenos mentais, o que deu à Psicologia desde o seu principio uma tradição subjetivista. Este subjetivismo é uma tradição clara, uma influência fortíssima do conhecimento filosófico. Esta tradição começa quando a Filosofia começa a trabalhar com as questões do conhecimento. Como conhecemos, então, o real? Tendo em conta as questões que foram surgindo, surge uma concepção que sublinhava a ideia do ser humano apreender a realidade, dado se tratar de um sujeito. Esta concepção permanece até às críticas de Nietzsche (filósofo que derruba o edifício do sujeito construído pela Filosofia Moderna).Todo este movimento foi acompanhado pela Psicologia enquanto disciplina da Filosofia e, posteriormente, como ciência propriamente dita.
A Psicologia possui uma longa história até o momento em que se torna uma ciência plena. Este percurso possui várias influências que colaboraram para que esta ciência fosse o que é hoje. Tomando este ponto de vista não se pode permitir que uma influência tão forte quanto à da Filosofia seja repugnada. Assim sendo é importante pontuar que o subjetivismo e o materialismo são correntes de pensamento que não nasceram da psicologia, mas que foram tomadas por ela para tentar de uma forma ou de outra, compreender os processos humanos (sejam eles mentais ou comportamentais).
Se há milhares de anos atrás a existência do Homem e o seu comportamento suscitava interesse e curiosidade, nos dias de hoje torna-se necessária a sua explicação. A psicologia pretende dar resposta a tudo que compreenda o Homem, porém esta ciência está ainda aquém de o conseguir, pois a sua complexidade não permite que seja tratada como uma ciência exacta, sem ser questionada e constantemente revista.
A evolução da ciência leva-nos por caminhos desconhecidos a sítios desconhecidos e, à medida que se vão deslindando esses caminhos e chegando a novos conhecimentos, outros conhecimentos se tornam necessários abrindo novos caminhos.
A Psicologia enquanto ciência percorre ainda o seu percurso para chegar à “verdade”, se é que podemos falar numa verdade em psicologia…





MONTEIRO, M. e SANTOS, M.R. 2001. Psicologia 2ª parte. Porto Editora, Lisboa.
Consultora da Edição Portuguesa: DRA. LÚCIA MONTEIRO; ABC da mente Humana; Edição de selecções do Reader’s Digest; 1990
ABC DA MENTE HUMANA, Maio de 1990, uma edição de Selecção do Reader´s digest

A Experiência de Jonh Watson


Jonh Watson teve uma importante influência na evolução da Psicologia.

Os pressupostos da teoria de Watson são os seguintes:
  • o comportamento compõe-se de elementos de resposta e pode ser analisado em cada átomo de sua constituição;
  • o comportamento compõe-se inteiramente de secreções glandulares e movimentos musculares, sendo, portanto, redutível a processos físicos-químicos;
  • existe sempre uma resposta a todo e qualquer estímulo; toda a resposta tem alguma espécie de estímulo;
  • os comportamentos mais complexos podem ser entendidos como cadeias (redes) de reflexos mais simples;
  • há um grande número de reacções aos estímulos que é hereditário, as quais se transformam - por condicionamento - em diferenciações individuais mais complexas;
  • os processos conscientes não podem ser estudados cientificamnete.

Watson, acreditava que todas as fobias eram aprendidas e para comprovar a sua teoria condicionou um bebé de onze meses, o Albert, a sentir medo dos ratos brancos de laboratório. Durante a sua experiência, Watson apercebeu-se que, tal como a maioria das crianças, este não sentia medo mas sim curiosidade sobre o mundo. Então, ao perceber que os ruídos intensos assustavam o bebé, este utilizou o som do bater de um martelo numa barra de aço (Figura 1), associado ao rato branco (Figura 2). O bebé ficou tão aterrorizado pela experiência que, posteriormente, só o facto de ver o rato o assustava e provocava choro. Também os objectos com particularidades, características próximas das do rato branco lhe provocavam a mesma reacção.


  Figura 1 e 2 - experiência de Jonh Watson

           É possível através do condicionamento estabelecer o medo num sujeito. A resposta   condicionada de medo a determinados estímulos generaliza-se a estímulos semelhantes mas  previamente neutros.
           Esta experiência foi considerada abaixo de toda a ética, como esta muitas outras foram levadas a cabo sem que os indivíduos submetidos estivessem em condição de participar voluntariamente e conscientemente nas experiências de que foram alvo.
Todas estas experiências permitiram um avanço significativo para a psicologia enquanto ciência.








Referências bibliográficas: